quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Homem é gravemente ferido no cemitério de Sobradinho II

Lápides podem ter sido usadas como armas para uma tentativa de assassinato na noite da última terça-feira. Por volta das 21h30, Bruno Ricarto da Silva, 25 anos, foi ferido gravemente por dois homens no cemitério de Sobradinho II. Atingido por golpes da cabeça, a vítima está internada em estado grave. Para os investigadores da Polícia Civil, o crime deve estar relacionado ao consumo de drogas.

Bruno estava acompanhado de um amigo quando sofreu a tentativa de homicídio, de acordo com o delegado adjunto da 35ªDP, João Ataliba Neto. Dois homens abordaram a dupla. “A drogas deles (agressores) teria sumido”, detalhou o delegado. Os agressores estariam armados com gargalos de garrafas de vidro. Após ser ferido, o colega de Bruno conseguiu escapar.

Na fuga, o amigo passou na casa da companheira de Bruno. Com cortes pelo corpo, contou pensar que a vítima estava morta. Depois de receber a notícia, ela seguiu para a 35ª DP. Até então, Bruno seguia sem socorro, por falta de bombeiros na região. Agentes da delegacia buscaram o rapaz no cemitério. Encaminhado de viatura para o Hospital Regional de Sobradinho (HRS), foi transferido em estado grave, por volta das 6h, para o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), onde continua internado.

Exames médicos atestaram trauma por objeto contundente na cabeça de Bruno, de acordo com delegado. Para ele, contudo, o tipo de ferimento não garante que as lápides tenham sido usadas. “Também podem ter sido causados por pedras ou garrafas quebradas”, ressalva o delegado. Segundo ele, Bruno possui dois antecedentes criminais: uma prisão em flagrante por roubo, em 2004, e uma agressão corporal recíproca, em 2008. A vítima, diz Ataliba, era usuária de drogas. Os supostos autores da agressão foram identificados. Até o fechamento desta edição, seguiam foragidos.

Procurada, a Campo da Esperança, gestora do local, optou por não se pronunciar sobre o assunto. Para a empresa, o cemitério se trata de área pública e sofreu uma invasão. Considera o crime um caso apenas para a polícia. O local é aberto à visitação das 8h às 18h. De acordo com a assessoria de imprensa da empresa, dois seguranças estavam no local no momento do crime. Segundo Ataliba, a empresa não deve ser responsabilizada, ao menos na esfera criminal. “Os usuários entram clandestinamente, escondidos.”



"(Os ferimentos) Também podem ter sido causados por pedras ou garrafas quebradas"
João Ataliba Neto, delegado

fonte: correioweb

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