sexta-feira, 14 de agosto de 2009


Voz trêmula de febre e fome; corpinho raquítico nos braços da mãe, que tem seu coração cortado de dor e desespero.Uma pergunta feita no sertão perdido de um Brasil marcado por contrastes. Rostos de menores de rua famintos refletidos nos vidros de luxuosos carros importados de norte ao sul do Brasil. Alimentos desperdiçados e jogados ao lixo frente aos olhos famintos que desesperadamente procuram qualquer coisa para comer. Insensibilidade que beira o cinismo, no país que a quase totalidade se proclama cristã.No céu tem pão? Pergunta pouco ouvida nas nossas igrejas. E, por isso, pouco respondida. Por que será? Será que a fome dessa gente não tem nada a ver com a fé cristã? Será que nem Deus se importa com isso? Será que outras preocupações mais "importantes", (mais espirituais) estão levando também as igrejas a uma postura de insensibilidade frente a esses problemas?Não acredito. Ou, melhor, não quero acreditar. Há muitos - talvez nem tantos - que continuam lutando para salvar vidas. Corajosos e profundamente espirituais. Pois só os que são movidos pelo Espírito de Deus conseguem se manter fiéis à causa dos mais pobres, mesmo diante de insensibilidade, desilusões e incompreensões.
Jung Mo Sung em "Se Deus existe, porque há pobreza?"
(Editora Reflexão).

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